Os olhos me abrem
A percepção me diz
Sussurros me assustam
E a razão me foge às pernas
Onde o caminho se ergue
Nos tijolos amarelos
Que se pintam de azuis
Se confundem com o céu
Em túneis e devaneios
De brutas flores canibais
Gentis e frívolas se abrem
À noite, com terror
E as pétalas voam
Com a leveza do vento
Que vende a beleza
Do assobio agudo
Pio do pássaro raro
Fruto da imaginação
Melodias do coração
Serenatas de paixão
Abelhas verdadeiras
Tristes florais rubras
Com espinhos de açúcar
Dedos de mel
Peço-te o machado
E acerto-lhe no pecado
Procurando sempre
Perdão e redenção
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