Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de abril de 2015

Trabalhos e amores

Amar as pessoas dá trabalho
Amar as pessoas exige sacrifício
Amar as pessoas é quase impossível
Mas amar o modo como elas existem
Amar o jeito delas caminharem
Amar o jeito delas pensarem
Amar cada detalhe em suas mediocridades
É entendê-las
Cada gesto, cada palavra
Cada ideia, cada raciocínio
Cada significado, uma vida
Pensar é tudo isso e mais
Pensar é viver e não ter a vergonha
Pensar é parte integrante de amar
E amar não é mais que pensar em voz alta
E quem pensa no outro
Ama apenas a parte de si
Que encontrou no espelho da alma
Na retórica das argumentações incompetentes
Onde se encontrou perdido
Na terceira lei de Newton

sábado, 27 de setembro de 2014

Poeminha de quem acorda

Se acaso uma porta se abrir
Não me deixe passar
Me deixe contemplar
A escolha de ir ou de ficar
Pensar se devo ir e me lembrar
Ou ficar e imaginar

Se acaso uma janela se abrir
Não me deixe por ela olhar
Me deixe invejar os que estão a passar
Pensando se devo viver
Ou só imaginar

Se acaso a vida me acordar, porém,
Me deixe viver
Abandonar essa vida de bastidor
Porque quero me divertir
Afinal, não sou apenas mais um ator

sábado, 20 de setembro de 2014

Mania de escritor, mentir e viver

Sou um poeta
escrevo nas entrelinhas
o que meus conceitos querem dizer
imito sentimentos
como quem quer viver
canto minhas canções
como quem quer saber
mas ignoro o conhecimento
como quem quer ser feliz
pois habito num plano
onde tudo é igual
nada é colorido
e o único jeito
é não tentar ser perfeito

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Prosa caótica

Me perdi aos dezessete anos
Perdido como nunca estive antes
Renegado entre almofadas
Choro minha alma sem palavras
Resoluto, mantenho minha obstinação
O desejo de ser feliz se apaga
Conforme enxugo as lágrimas
Determinado a esquecer
Lembro de todos os destinos
Das viagens que fiz ao longo
Numa rota sem direção ou sentido
Torta, andando em círculos
Procurando um destino comum
Meu cotidiano, o horror mundano

domingo, 30 de março de 2014

Evidências equivocadas

Melhor fechar os olhos
e não ouvir nada,
se esquecer do vento,
olhar dentro de si
e abandonar o credo.

Poesia sem título nº 14

Bravura indômita é
querer sem viver,
saber sem sentir,
ir sem ouvir,
voltar sem amar.

Vida

Palavras sinceras,
mentiras honestas,
suspiros funestos.

terça-feira, 25 de março de 2014

Um sonho de comunidade

Que todos os exércitos
venham em meu favor.
Pois sou o único e verdadeiro
líder das tropas ocidentais.
Venham me ajudar
a derrotar os tiranos
que aprisionam nossas mentes.
Provem do veneno e percebam
o mal que ele faz
apesar do gosto doce que traz.
Venham lutar contra o que é errado
em favor da justiça
do amor
e do perdão.
Coisas esquecidas pelo mundo,
pela vida
e pelos injustos
que tanto fizeram.
Venham hoje em busca do nosso nome:
LIBERDADE
e que não seja dito em vão
pois nós não somos quem você pensa.
Somos o povo, somos a riqueza,
somos a verdade.
E hoje nós declaramos guerra
contra tudo que não é nosso.
Todos os sentimentos ruins e egoístas
que surgem em desunião.
Venham em meu favor
e liderem comigo
a guerra do fim do que é meu
do que é seu.
Decretemos uma lei
do que é NOSSO.

terça-feira, 11 de março de 2014

Epigrama do que foi dito

Tudo o que foi dito,
perdido entre tantas coisas e tão pouco;
foi como um sussurro lançado ao vento
sem direção, sem destino, sem peso,
apenas um grito de socorro
dessa solidão que insiste em desolar.

Soneto da falta de compromisso

Embolado em sonhos infantis,
me vejo caminhar sobre nossa linha.
Nela, consigo ver todo nosso tempo.
E vejo que não tivemos tempo algum.
Fizemos tudo e não valeu de nada.
Nem pra mim, nem pra você.
Foi tudo muito surreal.
Fomos de oito a oitenta em segundos.
Mas, de repente, voltamos.
Então, abruptamente, paramos.
E não conseguimos continuar.
A pausa não foi uma escolha.
Foi, infelizmente, nossa única opção.
E não pudemos fazer nada sobre isso.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Amor próprio

entre palavras e suspiros
as lágrimas caíram
os dados rolaram
as guerras começaram
e os genocídios terminaram

revidou porque era necessário
fez da dor sua força
lutou quando não conseguia
e fez de si um coração mais forte
quando decidiu não mais bater
nem apanhar

desistiu da vida quando se viu
entre vencedores e perdedores
não se encontrando como um igual
sem amar e ser amado

uma partida sem começo e finais
apenas caminhos sinuosos
de onde podia ver o futuro
e ainda lembrar do passado
chorar e perceber um algo mais
a vontade de viver
por ninguém além de si

Esquece...

enterrado em mim
vejo-me nos espelhos
esqueço-me de tudo
vejo o passado e sorrio
lembro do futuro e choro
ouço ecos dos pensamentos
que já me assombraram
quando matei sem dó
todas as partes de mim
ainda magoadas
que discordaram
quando disse que te amo

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Poesia sem título n° 13

dentro de mim
como uma chama
se acende a vida
surge uma estrela
corre e cai no céu azul
o escuro imortal
como uma flecha
um coração que sangra;
é a morte que surge
num surto de vitalidade
trazendo presságios
do outro mundo
tocando a música
do meu funeral

Reencarnação

entre as montanhas
correm os rios
esculpindo sua estrada
e vivendo

entre as pessoas
vivo eu
fazendo minha trilha
seguindo a vida
e deixando de viver

entre as árvores
vive o chão
feito de pedras
sem origem
trazidas pelo vento
ou pela água dos rios
que vai ao mar
e lá se mistura
vira outro
e se perde
sem ganhar nada
além do mundo

o tempo separa tudo
desde as partículas fundamentais
até os maiores rochedos
com a esperança
de sempre retornar

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Epigrama da morte

Jaz em mim uma sombra
Aquilo que fui
Jaz em mim uma tormenta
Aquilo que fiz
Jaz em mim um arrependimento
Aquilo que deixei de fazer

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Puxa e empurra

Acostume-se ao que vem
Não ao que vai
Os melhores presentes são dados
Os mais amados são os recebidos
Uma vida é uma vida
Uma morte é uma centelha
Não que partiu
Mas que foi recomeçar
Em outro lugar
Com outras pessoas
Esquecendo-se de si, sempre,
Mas, felizmente, nunca dos que deixou
Lembre-se do que foi
E nunca mais seja
Abandone a si mesmo
E encontre outros como você
Dispostos a viver
E deixar morrer
Se confundindo nos meandros
Da linha do tempo
Entre começos e fins

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Suplicâncias II

Tenha pena de mim
Olha nos meus olhos
Prova das minhas ânsias
Devora meu peito
Me livra desse mal
Segura meu punho
Escreve minha carta
Suicida-me o corpo
E faz de si uma dor menor

Na maior das causas
A vida e todos os detalhes
Os pormenores disso tudo
Essa estrutura fracassada
Condenada e abandonada
Lar de todos os meus anseios
Cemitério de todos os desejos
Lápide de todos os meus beijos
As marcas de toda uma existência

É onde te vejo
Em cada esquina
A cada espelho
Dentro de mim
Crescendo como doença
A mãe de todos os males
A fuga de todos os mundos
Os labirintos de todos os teus beijos

~uma breve referência a 1berto Jéssica que, por mais que não seja do meu agrado, possui um dom para a literatura~

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A vida e seu companheiro

Escalpelado, infeccionado
Arranco meu cérebro, desnudado
Impensável, irrefutável
Dor incurável, mal irreparável

Amante sereno
Seja sincero
Morto-vivo, grito
Zumbificado, meu amigo
Abandone-me com o tempo
Largue-me ao relento

Sábio rei das estrelas
Abra-te as asas
Fuja da realeza
Mentirosa fortaleza
Da maldade, casa
Da morte, brasa

Aristocracia demoníaca
Do submundo intrépida
Energética sobrevida
Do comando desigual
Inimaginável e abissal
Tortura afrodisíaca
Amante megalomaníaca

domingo, 12 de janeiro de 2014

Soneto da mudança

As pessoas não mudam
Coisas mudam
Situações mudam

Não sou diferente
Me sinto diferente

Os dias nasciam
Passavam e iam
Sem muito mais

Agora, eles chegam
E ficam para sempre
Como crianças, brincando
Em sua recusa de crescer
Ficam para sempre...
na memória.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Palavras (08/04/13)

Doces palavras
Letras reajuntadas
Vogais unidas
Consoantes renomadas
Crianças nascidas
Vidas bonitas
Mortes aparecidas
Mentiras forjadas
Silenciosas moradas
Doces e mentirosas palavras

Minhas [des]ocupações mais valorosas...