terça-feira, 2 de abril de 2013

Abandonado, desnorteado e obscurecido

Saiu daqui e, sem perceber, me deixou pra trás, quebrado...

Talvez eu esteja entusiasmado
Entretido demais pra perceber
O pouco que me sobrou
Embora seja bom, foi você que me roubou
Olha bem pro lugar
A bagunça que deixou por lá
Aquela casa, onde eu não adentro
Não ouso, porém, me desfazer
Olha pra mim, olha pra lá
Eu prometo que vou mudar
Só me deixa, mais uma vez, entrar
Seu coração me bloqueia
E sua alma me desnorteia
Cada sentido, perdido e invadido
Teu cheiro à soleira, me tonteia
E tua imagem me povoa a mente que voa
Onde teu som me abala e me atinge
De longe, uma palavra doce, mortífera parece
Um dardo odiado, do gosto adorado
Da lembrança indesejada e involuntária
E o teu espírito me volta
Nos cantos da mente
Onde eu tento abandonar
Mas, o inconsciente me bloqueia
Não sabendo o que quero
Decidindo por mim, escurecendo a visão
E criando uma ilusão
Querendo você de volta ao meu abraço
Toda de volta pra mim

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