sábado, 29 de dezembro de 2012

Rebelião (Ato I)

Eu tive um sonho
Esse sonho partiu do inconsciente
Eu não me lembro desse sonho
Escondi esse sonho
Ninguém pode vê-lo
É um sonho sagrado
Não quero que ninguém saiba
Vou por uma proteção
Para que ninguém veja
Tenho vergonha desse sonho
Por que tive esse sonho?
Não quero que ninguém veja, repito
Atentamente espreito
Porque não quero que saibam da localização
Algumas coisas não devem

De jeito maneira, não devem
Ser mostradas ao mundo
O mundo não entende
As pessoas são preconceituosas
As pessoas não sabem de nada
Esse sonho me é precioso
Esse sonho retrata tudo
Minha vida, meus sonhos e minha morte
A calmaria antes da tempestade
Me alegra em sentidos inexplicáveis
Pois o tédio me é encontrado na paz
O meu sonho me deu prazer
Embora eu não lembre
Não sei do que se tratava
Mas, sei que foi importante
Porque escondi no inconsciente
Por que meu consciente sabe?
Ele está me traindo
Ele quer que eu encontre
Ele quer que eu divulgue meu sonho
Mas, eu não quero
Não sinto vontade
Mas, a transparência é importante
Eu achava que não tinha nada a esconder
Mas, e esse sonho?
Ele é importante?
Por que não seria? Tudo mais o é
Tudo é importante, tendo importância devida
Cada um faz o que quer
E esse sonho me surpreende
Porque ele é proibido
Tanto é que escondi
Mas, alguma coisa me tenta a procurá-lo
Eu preciso saber do que se trata
Esse sonho está disperso nas águas inalcançáveis
Acho melhor parar de tentar encontrar
Os pássaros o protegem
E prejudicam quem tenta chegar perto
Mas, meu ego é grande demais
Ele precisa saber do que se trata
Essa vontade me enlouquece
Eu preciso saber
Mas, não quero saber
Se quisesse, realmente, o saberia
Mas, esqueci por um motivo
Qual será?
Esse motivo deve ser muito bom
Meu inconsciente está conspirando contra mim
Ele adquiriu vontade própria, será?
Ou pode ser que eu tenha criado algo
Uma rebelião, quem sabe?
Eu quero saber; eu preciso saber
Por que eu não sei?

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