domingo, 11 de novembro de 2012

Carta sem nome


Ah, nesse caso, prefiro não ir além
Nem prefiro gostar
Nem prefiro amar
Prefiro, somente, abandonar
Um amor de criança
Invisível e sensível
Que mexe com a cabeça
E os órgãos acompanham
E nada mais parece dar certo
E tudo mais parece cair
As colisões são mais frequentes
Uma reação eu procuro
Mas, nada mais parece acontecer
A inércia dos sentimentos é grande
Assim como seu tamanho monstruoso
E tudo mais me machuca
Até a comida que faço
Não quero mais viver, eu sinto
Sem você, não quero mais nada
Só quero abandonar a viagem
Mas, o destino me soa tão bom
E me faz tão bem sonhar
Com nossa união desastrosa
Ou apenas amizade elevada
Que me faz querer almejar
...
Não há nada que possamos fazer
É involuntário, o sentimento
Não percebe?
Você não sente?
Não quer sentir?
Vai me abandonar?
Vou, somente, me machucar
Mais do que o costume
E de um jeito tão triste
Que eu prefiro, por aqui, relatar
Sem jamais perceber o futuro
Que nem eu ou você queremos
Na verdade, temos medo de voltar
Ao que éramos antes
Pois nossa estagnação é boa
Em cima do muro, para sempre
Suas experiências não foram as melhores
Isso eu sei, relaxe, boneca
Mas, você tem que perceber
Que, por tudo que é mais sagrado,
O sentimento me é inerente
Comecei com ele e você não
Nada podemos fazer senão ir além
Entenda que é a única saída, por favor
Me ajude a te persuadir
E nada mais nos será misterioso
Pois até mesmo nossa amizade será melhor
Tudo precisa crescer e evoluir
Por que não nós?

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