domingo, 24 de novembro de 2013

Ausência

O prazer de existir só há ao seu lado
Sem você, não há um eu completo
O que fica é uma tortura quase física
Que mostra apenas o que a distância faz
O sangue que percorre minhas veias
Enegrece e engrossa; sem vida, sem pulsar
Gangrenando os músculos, quebrando os ossos
Fatigando-me as retinas, os ouvidos, o nariz e a boca
Tudo parece se perder num mar de ilusões
Onde cada molécula se desfaz com várias negativas;
A recusa que tem em me aceitar como seu
Porque o amor não é o suficiente
E você já não entende como me sinto
Me abandona, singelamente, aos poucos
Me matando, por dentro e por fora, sutilmente
Arrancando a alma da carne, pútrida e fétida,
Levando-a a vagar neste mundo sem destino
Consumida pelo ciúme e toda a inveja do mundo
Daquele que lhe toca a mão, beija-te os lábios,
Abraça teu corpo, penetra tua carne,
E ouve suas súplicas de amor embebidas de aceitação

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