Sigo minha vida sem dançar
Não o sei fazê-lo
Vivo a ver TV
É só o que sei fazer
Vivo um dia após o outro
É o jeito, não é verdade?
Andando a pé, as nuvens acompanham
Mas, de carro, elas ficam pra trás
A solidão bate certeira
Conforme a noite mais escura aparece
Invade-me a alma sem som
Ressoa no meu corpo um eco
O passado me contorce em seco
O suor da febre daquela valsa
Só apareceu para me desequilibrar
A vida que eu tanto tentei viver
Sem alienação
Sem sensação
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