sábado, 4 de maio de 2013

Abuso


E se vislumbrar o passado
É se lembrar do futuro
E não perceber o presente
Vejo que posso seguir adiante
E, me sinto parado, no mundo
Ao passo que grito seu nome
E apenas ouço o meu
No sonho que não tive
Na noite mais clara
Daquele dia complicado e escuro
Onde, sozinho, procurei meu amor
E te encontrei, inutilmente...
Fiz ali nosso novo amor
E criei uma realidade alternativa
Onde as dimensões se encontram
E se separam cada vez mais
No espaço-tempo contínuo
Onde eu nunca existi
E você enlouqueceu sozinha
Sentada àquela janela
Retornando aos velhos hábitos
Onde cada corte significa uma tristeza
E cada palavra dura quer dizer amor
E ninguém mais sabe quem somos nós
A não ser você mesma
Quando tentam fazê-la esquecer
E você me mantém vivo
Em um simples desejo de amar
E ser amada, numa dança
Da valsa sublime
Que não sei dançar
E faço-te tropeçar nos próprios pés
Lembrando que a solidão não existe
E que a mente prega peças
Sendo que eu ainda sou a maior delas
O voo do dragão...

Um comentário:

Minhas [des]ocupações mais valorosas...