Mesmo quando você me ama
Seu consolo não é suficiente
Aparece, de repente, e desaparece
Como bem queres...
Vem aqui, como valsa
Uma complicada balsa
Do rio uma passageira
E o mundo vai ultrapassando
Toda decepção sem percepção
De que há de melhor
A vida acontece
É muito rara
Uma doença solene
E um coração insolente
Fruto desobediente
Criança demente
Que insiste e mente
Engana a gente
A acreditar que sabe o melhor
Sem saber o que é dor
Só vivendo do torpor
Nesses casos, é a vida
Realmente, ela é
De fato, muito rara...
"O baile no moulin de la galette", de Renoir |
Nenhum comentário:
Postar um comentário